O vice-governador do Rio Grande do Sul, Gabriel Souza (MDB), realizou nesta terça-feira (14) uma visita ao maior abrigo do estado, no campus da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), em Canoas, onde mais de 6 mil pessoas são acolhidas. Acompanhado de secretários de estado, Souza foi ao município para conferir a situação e apresentar alternativas de suporte aos que precisaram deixar suas casas. A cidade teve dois terços de seu território devastados e tem no momento mais de 20 mil desabrigados.
Além dos próprios canoenses, o município recebeu moradores de outras cidades atingidas (como Eldorado do Sul) e ainda enfrenta as emergências ocasionadas pelas enchentes, as quais requerem um complexo trabalho de engenharia para tirar as águas dos bairros mais populosos. Temos urgência em oferecer um ambiente mais digno e com estrutura para acolher as famílias”, observou o vice-governador Gabriel Souza em visita ao campus da Ulbra e ao Centro Olímpico Municipal (COM).
O governo estadual afirma que tem trabalhado em conjunto com instituições internacionais. Dentre elas, a Organização das Nações Unidas (ONU), por meio da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), a Organização Internacional para as Migrações (OIM), e a Samaritan’s Purse.
A ACNUR, por exemplo, possui estruturas que servem como abrigos temporários, utilizados em desastres no mundo inteiro, que poderiam ser instaladas em espaços como o do COM. A medida ainda está em discussão e deve avançar nos próximos dias.
Na visita aos abrigos, o vice-governador esteve acompanhado pelo prefeito Jairo Jorge (PSD), pelos secretários estaduais Beto Fantinel (Desenvolvimento Social), Juvir Costella (Logística e Transportes) e Izabel Matte (Obras Públicas), pelo secretário-adjunto da Segurança Pública, Mário Ikeda, e pelo coordenador da Defesa Civil do Estado, Coronel Luciano Boeira.
Mais segurança e dignidade
Outra medida do governo gaúcho foi o reforço na segurança dos abrigos de Canoas. Parte do efetivo da reserva da Brigada Militar, convocado pelo governador Eduardo Leite (PSDB), já se somou ao esforço para proteger as famílias abrigadas.
Além disso, o suporte humanitário tem sido prioridade do trabalho das secretarias, como a de Desenvolvimento Social. “Avançamos no diálogo com o município no sentido de estruturarmos abrigamentos temporários com espaços mais adequados, assim como para otimizar a distribuição de ajuda humanitária”, explicou Beto Fantinel.