Diante da maior cheia da história, a área da saúde passa por uma sobrecarga de demanda. O desafio se torna maior quando 11 unidades básicas de saúde (UBS) foram atingidas diretamente pelos alagamentos. Para atenuar os problemas e atender da melhor maneira a população, a Secretaria da Saúde e a Fundação Municipal de Saúde (FMS) reabriram postos e as equipes dos demais pontos foram realocadas para albergues e equipes móveis.
Desde o dia 6 de maio até este último final de semana, foram realizados 3.235 atendimentos nos 127 abrigos existentes, prestando assistência a mais de 400 idosos e 600 crianças. Além destes, foram realizados 10.383 atendimentos nas 15 unidades de saúde em funcionamento.
O Ônibus da Saúde ganhou nova importância no período de calamidade, se tornando estratégico principalmente na Região Norte, que ficou sem o atendimento da UPA durante 13 dias. O veículo percorreu áreas mais vulneráveis, contabilizando 1.433 atendimentos até o momento.
A equipe da UPA foi em parte remanejada para o Hospital Centenário e para o Centro de Saúde da Feitoria, no período de 13 dias em que ficou fechada. Em poucos dias, a Secretaria de Saúde abriu dois hospitais de campanha, um junto com o Exército e outro com a Força Nacional do SUS. Este instalado junto à UPA e, como ela, funcionando 24 horas. “Todas as estruturas e equipes disponíveis foram utilizadas pela Secretaria da Saúde, que contou com a participação da Fundação Municipal de Saúde, do Hospital Centenário e do Ideas Saúde para dar uma resposta rápida ao estado de calamidade”, destacou o secretário de Saúde, Julio Dorneles.
Hospital de Campanha: 1.662 atendimentos
Para diminuir a pressão sobre o Hospital Centenário e da rede no momento de crise, a Prefeitura e o Ministério da Defesa montaram um Hospital de Campanha na sede do 16° GAC AP do Exército, com atendimento diário, na esquina das avenidas Unisinos e Theodomiro Porto da Fonseca. Os 1.662 atendimentos prestados comprovam o sucesso da iniciativa. O ponto, que conta com 20 leitos ambulatoriais, se tornou uma base de apoio reconhecida pela população. No total, a cidade registra 15.280 atendimentos somente na atenção básica nesse período crítico.