A atuação de grupos que simulam instituições oficiais da medicina, denunciada pela Associação Médica Brasileira (AMB), gerou alerta nacional e levou a Associação Médica do Rio Grande do Sul (Amrigs) a reforçar a preocupação nesta quarta-feira, após identificar a criação de sociedades paralelas, diretrizes sem embasamento técnico e a intenção de emissão irregular de títulos de especialista no Brasil. Segundo a AMB, mais de 55 entidades foram criadas à margem das normas oficiais, o que coloca pacientes em risco e causa confusão no sistema de certificação reconhecido no país.
O alerta ganhou força após a divulgação de diretrizes não recomendadas, como orientações sobre implantes hormonais com testosterona em mulheres, atribuídas à chamada Ordem Médica Brasileira (OMB). A AMB relata que essas ações incluem ainda a criação de entidades com nomes semelhantes aos de sociedades reconhecidas, o que pode induzir médicos e pacientes ao erro.
Sistema oficial de certificação
A Amrigs ressalta que o sistema oficial de certificação, estruturado pela AMB em parceria com as Sociedades de Especialidades e regulamentado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), é o único mecanismo legal e seguro para concessão de títulos. A entidade informa que segue acompanhando o caso e atuando de forma alinhada à AMB para preservar a integridade da prática médica e a segurança da população, com defesa de critérios rigorosos de formação e especialização.

