São vinte e um quilômetros. Começa no quilômetro 187, na divisa com Nova Petrópolis e termina no km 208, no encontro com Morro Reuter. Esse é o trecho da rodovia federal BR-116 que recorta Picada Café. E grande parte desse intervalo é de uma beleza ímpar. Nesse período, em que os plátanos mudam de cor, não há como não se encantar. A paisagem enche os olhos. Mas, surpreendentemente, essa paisagem recebe de quem circula na rodovia objetos que não fazem parte, em absoluto, desse contexto. São latas, garrafas, embalagens diversas que são lançadas pelas janelas dos veículos e ali ficam, depositadas, agredindo a natureza.
Mas há quem não se conforme com essa realidade. As estudantes universitárias Amanda Letícia Bauer, Ana Laura Soveral, Larissa Kiekow e Tauana Bauer são um exemplo. Com sacos plásticos em punho e com olhar fixo ao chão, eles percorreram quilômetros de acostamento da rodovia recolhendo lixo. “A gente acredita que num futuro bem próximo não seja mais necessário ações como essa, porque as pessoas saberão que aqui não é o lugar para jogar o lixo”, salienta a estudante de biologia, Amanda.
Além das quatro voluntárias o trabalho de recolhimento dos resíduos à beira da BR está sendo realizado por colaboradores da Prefeitura Municipal. O prefeito Daniel Rückert acompanhou o início dos trabalhos na manhã dessa quarta-feira, 27, na divisa com Morro Reuter. Em apenas um dia de trabalho foram recolhidos mais de 60 sacos de 100 litros de resíduos que agora tiveram um destino adequado, a central de reciclagem. O recolhimento não tem prazo para terminar. Só será findado quando os 21 quilômetros da BR-116 estiveram percorridos. Além do recolhimento de lixo, a rodovia está sendo roçada por equipes terceirizadas da Secretaria de Obras completando assim a limpeza, tornando assim novamente o visual totalmente contemplativo.
Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
