Pesquisa aponta que modelo de trabalho híbrido impactou em menos tempo perdido no trânsito

Por Felipe Schwartzhaupt

Os brasileiros que residem nas capitais passam cerca de duas horas do seu dia no trânsito, o que equivale a 21 dias por ano. Quem aponta isso é a Pesquisa Mobilidade Urbana 2022, conduzida pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) em parceria com o Sebrae.

A mobilidade urbana impacta a todos e, no comércio, ainda mais. Discutir soluções que diminuam o tempo gasto no trânsito ajuda colaboradores do setor e consumidores.

“A mobilidade urbana impacta a todos e, no comércio, ainda mais. Discutir soluções que diminuam o tempo gasto no trânsito ajuda colaboradores do setor e consumidores. Como representantes do setor produtivo, estamos abertos ao debate de políticas públicas que ajudem a melhorar a qualidade de vida da população”, comenta o presidente da Federação Varejista do Estado do Rio Grande do Sul, Ivonei Pioner.

De acordo com os entrevistados, 28% leva de 30 minutos a uma hora por dia em trânsito, e 32% leva de uma a duas horas. O tempo médio despendido no trânsito caiu na comparação com o levantamento de 2017 (147,9 minutos) – 19%, o equivalente a quase meia hora. A pesquisa de 2022 também investigou o tempo gasto nos engarrafamentos, obtendo uma média de 64,5 minutos, o equivalente a cerca de 1h04 minutos do dia.

“A pandemia trouxe impactos significativos no comportamento da população em relação à utilização dos transportes públicos, por exemplo. A diminuição do tempo no trânsito, apontada pela pesquisa, é um reflexo disso, uma vez que muitas empresas passaram a utilizar o modelo híbrido mesmo após o controle da pandemia”, destacou o presidente da CNDL, José César da Costa.

Os dados da pesquisa apontam que o transporte público é o mais utilizado no dia a dia. Mas o que, afinal, determina essa escolha? Entre aqueles que relataram utilizar mais ônibus, metrô ou trem no dia a dia, 48% citaram o preço mais barato – um aumento de 13,3 pontos percentuais na comparação com a pesquisa de 2017. Outro motivo destacado, e relacionado ao primeiro, foi a possibilidade de economizar dinheiro (31%). Já para 29%, não se trata exatamente de uma escolha: o transporte público seria o único meio disponível. Além destes motivos, foram mencionados a facilidade de acesso (26%); a agilidade (15%); e a comodidade (12%), entre outros motivos.

A depender do trajeto, apenas um meio de transporte não basta. Entre os que destacaram a utilização dos meios de transporte públicos no dia a dia, 56% pegam duas conduções para chegar ao destino. Também há os que tomam mais de três (23%). Ainda de acordo com a pesquisa, os usuários desses meios de transporte esperam, em média, 23,7 minutos no ponto de ônibus ou estação de trem e metrô, sendo que 40% esperam de 15 a 30 minutos.

 

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