Segundo os números do IBGE, as vendas do comércio varejista registraram um crescimento de 7,1% no estado. Esse resultado ficou muito acima da média nacional, que registrou crescimento de 1,0%. Já as vendas do varejo ampliado, que inclui os segmentos de veículos, motocicletas, partes e peças, registrou avanço de 3,7%, em linha com a projeção da Federação Varejista apresentada em dezembro de 2022. O varejo ampliado do estado também registrou avanço superior à média nacional.
Mercado de Trabalho
A recuperação desses setores refletiu-se sobre o mercado de trabalho. De acordo com os números do CAGED, em 2022, 100,8 mil postos formais de trabalho foram criados no Rio Grande do Sul. O setor do comércio foi o terceiro setor que mais contribuiu com o saldo de vagas formais, criando cerca de 17,8 mil postos de trabalho.
Por fim, a inflação seguiu sua trajetória de desaceleração: no acumulado dos 12 meses encerrados em janeiro de 2023, os preços subiram, em média, 4,4% na região metropolitana de Porto Alegre. Os desempenhos dos setores do comércio, serviços e indústria ajudaram a recompor o PIB estadual de 2022, afetado pelo impacto da estiagem sobre a produção do Agro. A divulgação das estimativas do PIB estadual de 2022, prevista para os próximos meses, permitirá mensurar com maior exatidão o impacto de cada setor sobre a atividade econômica gaúcha.
Crescimento por setores
O ano de 2022 foi o segundo consecutivo de crescimento das vendas do comércio, o que permitiu ao setor superar as quedas provocadas pelo período de distanciamento social. O avanço da produção industrial perdeu fôlego, mas ainda assim o setor notou avanço de 1,1% na comparação entre 2022 e o ano anterior. Já o volume de prestação de serviços notou crescimento de 11,3%, acima da média nacional (8,3%). No último ano, seis dos dez segmentos comerciais registraram crescimento das vendas no Rio Grande do Sul
“Os segmentos do comércio apresentaram desempenhos muito díspares no estado do Rio Grande do Sul. Enquanto o segmento de Combustíveis e Lubrificantes registrou crescimento de 30,4%, o segmento de Materiais para construção notou queda de 27,0%”, analisou o presidente da Federação Varejista do Estado do Rio Grande do Sul, Ivonei Pioner.
Das dez atividades analisadas pelo IBGE, quatro registraram queda nas vendas no último ano e seis registraram alta. O segundo melhor desempenho foi observado pelo setor de “Livros, jornais e revistas e papelaria”, com alta de 26,1%. Os dois segmentos que se somam ao comércio varejista para formar o conceito do varejo ampliado também registraram queda: no caso de “Materiais para construção”, a queda foi de 12,1%; no caso de “Veículos, motocicletas, partes e peças” a queda foi de 0,7%. Por esse motivo, o varejo ampliado apresentou resultado mais modesto que o comércio varejista.