Pacto Alegre completa quatro anos e celebra resultados no South Summit

Por Marcel Vogt

O Pacto Alegre completa quatro anos com uma coleção de bons motivos para comemorar. Quase 1500 dias e uma pandemia depois, o movimento coleciona resultados positivos.

A implantação de Hubs de inovação como o Instituto Caldeira; a renovação do Quarto Distrito como um lugar seguro e receptivo para negócios, estabelecimentos e visitantes; a marca de POA, que será sancionada durante o South Summit, se tornará o símbolo oficial da Capital dos gaúchos; a inclusão de Porto Alegre no programa global Cidades Educadoras; e o Festival POA 20-20, que levou inovação para a periferia; são alguns dos bem-sucedidos projetos. “Todas essas iniciativas foram transformando Porto Alegre em um lugar mais atrativo para negócios, turismo e, principalmente, para a inovação. A realização do South Summit, um evento internacional, também é um efeito colateral das mudanças que estamos vendo na nossa cidade, cujo pontapé inicial veio do Pacto”, celebra o coordenador Luiz Carlos Pinto da Silva Filho. Neste ano, o Pacto vai realizar a 7ª reunião da mesa, no evento, dia 31, das 9h30 às 11h.

O Pacto Alegre teve início a partir da Aliança pela Inovação, formada por três universidades: UFRGS, PUC-RS e Unisinos. Juntas, as duas iniciativas também criaram o MBA de Inovação, mais um projeto entregue. Mas para viabilizar tantos resultados, o movimento conta também com a participação de empresas, do poder público e da sociedade civil. É a chamada Quadrupla Hélice. “Pensando em um helicóptero, são as quatro hélices que permitem o voo. E o mesmo acontece com o Pacto, que só acontece com a mobilização de todos envolvidos”, resume o representante da Aliança e superintendente de inovação do TecnoPuc e da PUC Jorge Audy. A criação foi inspirada em um projeto bem sucedido implementado em uma das maiores cidades da Espanha, o Distrito 22@, em Barcelona.

Em 2019, o espanhol Josep Piqué veio da Europa para o estado mais ao sul do Brasil prestar consultoria e trazer toda experiência do trabalho feito por lá. Na Capital da Catalunha, o movimento começou com o objetivo de modernizar um bairro que havia sido o motor da revolução industrial – mas acabou se tornando decadente e esquecido – além de gerar empregos e tornar a região mais atrativa. O local virou um ambiente propício para a instalação de empresas de tecnologia e passou a ser um polo de crescimento econômico. “Porto Alegre sempre foi uma referência na formação acadêmica, mas estávamos perdendo nossos talentos por causa da falta de oportunidades e até pelas escassas opções de lazer. O Pacto veio para tornar a cidade mais interessante e estamos fazendo um belo trabalho”, completa Audy.

Para 2023, iniciativas ambiciosas já estão no radar, como Territórios Inovadores, que prevê a criação de hubs de inovação em áreas periféricas e terá a colaboração da Procempa e do Sebrae. O projeto piloto vai acontecer no Morro da Cruz e já tem uma sede física. Além de levar startups para a região, gerando emprego, o objetivo é fazer parceria com poder público para oferecer serviços, como Tudo Fácil, por exemplo. Sem escola de Ensino Médio, a mobilização também pretende viabilizar aulas através de uma EdTech (startup de educação) para que o prédio ofereça estrutura, internet e equipamentos para os jovens estudarem. Além disso, a ideia também é realizar capacitações para mercado de trabalho que estejam ligadas à inovação e à tecnologia. Outra proposta é aproximar empresas que estejam em busca de projetos de impacto (ESG) com moradores do Morro que possam ser beneficiados. Mais projetos que focam no desenvolvimento do empreendedorismo na Capital também estão em andamento, como o Startup City, que pretende fazer de Porto Alegre uma das cidades mais atraentes para geração e recepção de Startups.

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
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