O sul do País está no foco da MRV Engenharia. Até dezembro, a empresa calcula investir cerca de R$1 bilhão nos três estados, com o lançamento de mais de 11 mil unidades habitacionais em oito cidades do Rio Grande do Sul, onze no Paraná e sete em Santa Catarina no segundo semestre. Somente no Rio Grande do Sul, a quantia chega a R$ 430 milhões para 4,5 mil unidades habitacionais a serem lançadas até o fim de 2018. A região deve ser responsável por uma fatia de 18% das vendas da MRV neste ano. Este percentual vem crescendo gradativamente, visto que em 2015 a participação era de 12%.
O crescimento vem junto com a geração de empregos e renda. Até o final de 2018, a empresa projeta aumentar em cerca de 20% a sua força de trabalho no Sul, hoje formada por 3 mil trabalhadores diretos e indiretos. Para o diretor comercial da Regional Sul, Anderson Medeiros, o RS é foco importante da empresa, figurando entre os cinco Estados com maior volume de vendas da MRV. E a projeção é de crescimento. O executivo ressalta que estão previstos lançamentos em novas regiões como Viamão, região metropolitana, e Zona Sul de Porto Alegre, locais em que a MRV ainda não havia construído unidades. “Estamos muito felizes em chegar nestes espaços, além de aumentar a autuação em localidades que já estamos presentes como Sapucaia do Sul, Canoas, Novo Hamburgo e Caxias do Sul”, destaca.
Os empreendimentos feitos aqui no Sul também tem como característica a preocupação e o cuidado com o meio ambiente. No bairro Vila Rosa, em Novo Hamburgo, a MRV construiu o Porto Trinidad, o primeiro a receber as instalações de energia fotovoltaica. A iniciativa tem como objetivo gerar economia para os moradores, visto que o sistema que aproveita energia solar pode compensar até 100% da energia utilizada em áreas comuns. A ideia consiste na instalação de células fotovoltaicas no telhado do empreendimento, convertendo energia solar em energia elétrica. A carga gerada é transmitida para a rede de distribuição da concessionária de energia local e, ao final do mês, a energia produzida pelo sistema entra como saldo e é abatida da conta de luz mensal, podendo até mesmo cobrir quase a totalidade da conta do condomínio.
Outras obras também seguiram a mesma linha. Canoas conta com essa tecnologia no Porto Esmeralda, e Gravataí, no Parque Porto San Lucas. Nos próximos cinco anos, todos os empreendimentos da construtora terão o sistema de energia fotovoltaica e a estimativa é investir cerca de R$800 milhões na implantação neste período. Só em 2017, a energia solar fotovoltaica foi aplicada em 30% das unidades habitacionais lançadas.
Nos canteiros podem ser encontradas ainda outras ações ligadas à sustentabilidade. A preocupação da MRV está na criação de cooperativas de reciclagem na Capital e também nas cidades de Gravataí, Canoas, São Leopoldo e Novo Hamburgo, que destina os materiais recicláveis, como papéis e plásticos em geral, sucatas metálicas e isopor (EPS), para separação de trabalhadores. O trabalho inicia em locais específicos para a ação nos canteiros das obras da construtora e após, os materiais são destinados às cooperativas, beneficiando mais de 160 famílias de catadores. Já foi possível verificar uma redução de 40% do valor total estimado para custo com locação de caçambas e destinação por obra da construtora. Reaproveitamento de concreto e madeira também são o foco, entre outras ações.