Moinhos de Vento e HCor coordenam projeto “Coração Bem Cuidado” em hospitais SUS de todo o Brasil

Por Gabrielle Pacheco

Representantes de 29 hospitais brasileiros que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS) se reuniram em Porto Alegre na última sexta-feira, 15/02, para o 1º Encontro de Investigadores do Projeto IC-Coração Bem Cuidado, desenvolvido pelo Hospital Moinhos de Vento em parceria com o Hospital do Coração de São Paulo (HCor).

No evento, médicos cardiologistas e enfermeiros conheceram as diretrizes do estudo que acontece em parceria com o Ministério da Saúde, por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS) e será aplicado em todas as regiões do país.

O objetivo da pesquisa é monitorar pacientes com insuficiência cardíaca depois que eles recebem alta do hospital. Cada paciente será convidado a participar do projeto pelas equipes médicas com base em critérios observados durante a internação. Depois de formalizada a autorização, passa a receber mensagens no celular e ligações telefônicas orientando sobre o tratamento enquanto se recupera em casa.

De acordo com o cardiologista Luís Eduardo Rohde, coordenador do projeto no Hospital Moinhos de Vento, o projeto irá atuar na chamada fase vulnerável da insuficiência cardíaca, que é o primeiro mês depois da hospitalização. “Com a estratégia de intervenção via mensagem de SMS e ligação telefônica, é possível que se evite a re-hospitalização do paciente, além de melhorar sua qualidade de vida e reduzir a mortalidade”.

Destacando a cardiopatia como uma das doenças mais prevalentes no país, o cardiologista Felix Ramires, que coordena o projeto pelo HCor, considera fundamental o desenvolvimento uma estratégia aplicável na população que reduza as internações, a mortalidade e a limitação desses pacientes. “Esse é o futuro: a associação de forças entre instituições para gerar o conhecimento na tentativa de buscar respostas para uma doença tão importante quanto a insuficiência cardíaca”, avalia.

Para ele, a inovação do projeto está na orientação para o autocuidado, permitindo que o paciente colabore com a própria recuperação.

Com início oficial previsto para março, o estudo pretende avaliar 700 pacientes em todos os centros de saúde participantes e apresentar os dados obtidos até o final de 2020.

Foto: Divulgação/Rodrigo Bestetti | Fonte: Assessoria
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