II Mostra Espaços, Saberes e Possibilidades aborda diversidade racial em Sapiranga

Por Amanda Krohn

A II Mostra Espaços, Saberes e Possibilidades, que ocorreu no mês de novembro, encerra o segundo ano de trabalho do Projeto Caminhos Pedagógicos – Diversidade Étnico-Racial e Cultural, desenvolvido pela Secretaria Municipal de Educação (SMED). Durante o mês, escolas da rede municipal de ensino apresentaram trabalhos e projetos desenvolvidos durante o ano, dentro da temática da diversidade de culturas, países e descendências.

No município, as escolas trabalham e abordam a questão étnico-racial durante todo o ano letivo e o evento da Mostra Espaços, Saberes e Possibilidades serve como exposição das ações desenvolvidas sobre os temas propostos, consolidando a aprendizagem da diversidade, que gera inclusão de todos os indivíduos e o respeito as suas diferenças. Assim, os estudantes passam a ter mais conhecimento a respeito das variedades de gênero, cor, religião e comportamento, que existem em sua sala de aula e também na sociedade. “A gente quer que os alunos vivenciem isso!”, comenta a supervisora da SMED, Simone Friedrich da Silva.

Em Sapiranga, a Secretaria Municipal de Educação considera extremamente importante falar sobre diversidade étnico-racial e cultural nas escolas, com abordagens específicas conforme a idade, o interesse e a necessidade dos alunos, uma vez que a sala de aula é um ambiente repleto de pessoas, com diferentes costumes, etnias e culturas. Ali, os alunos aprendem a conviver em sociedade e transformar o ambiente em um local justo e igualitário.

A mostra também busca sensibilizar a todos sobre a importância do tema, uma vez que as exposições foram abertas à comunidade, onde pais, familiares, amigos e demais munícipes pudessem visitar e admirar os trabalhos desenvolvidos pelos alunos sapiranguenses. “Cada escola monta uma exposição, uma noite cultural, ou alguma forma de demonstrar o que foi trabalhado com os alunos. É gratificante chegar e ver os alunos apresentando com tanto amor e explicando do jeito deles como o processo funcionou”, destacou a supervisora da SMED, Letícia Luana Kern.

Projeto Caminhos Pedagógicos – Diversidade Étnico-Racial e Cultural

O projeto, desenvolvido pela Secretaria Municipal de Educação em 2021, surgiu com o objetivo de dialogar e debater questões sobre a cultura afro-brasileira, africana e indígena, assim como as demais etnias que compõem a formação de Sapiranga, entre os professores da rede municipal de ensino, através de reuniões e encontros, para que posteriormente, esse conhecimento seja repassado aos alunos dentro das salas de aula.

Este trabalho foi sendo aprimorado entre 2021 e 2022. Em março deste ano, uma comissão foi oficialmente empossada, para garantir o cumprimento da legislação (em conformidade com as leis 10.639/2003 e 11.645/2008 e com o Referencial Curricular de Sapiranga). A portaria 0499/2022 nomeia e consolida membros para comporem a comissão das diretrizes curriculares para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para Ensino das Histórias e das Culturas Afro-Brasileiras, Africanas e dos Povos Indígenas.

Nesta comissão, membros das escolas municipais e membros da equipe da Secretaria de Educação avaliam se o projeto corresponde aos objetivos e cria estratégias e ações capazes de potencializar o trabalho já executado. A supervisora da SMED, Ângela Cristiane Schütz, é uma das integrantes desta comissão e participa das intervenções pedagógicas, proporcionando um momento de reflexão e troca de ideias. “O nosso objetivo é sempre avançar e aprofundar as temáticas”, comenta.

“A ideia é elas virem aqui, a gente dar a capacitação, trazendo pessoas diferentes e que possam trazer muitas ideias para os professores”, comenta Simone. Mas, segundo ela, essa relação foi além das capacitações. A Secretaria Municipal de Educação trouxe a proposta de ir até as escolas, encontrar-se com os professores, para que eles se sintam motivados e amparados.

Em junho deste ano, a SMED elaborou um e-book com uma literatura voltada para a questão racial, para auxiliar no processo educacional e pedagógico dos professores da rede. “A gente percebe que muitas vezes os livros com questões africanas, indígenas e afins, dentro da escola merecem um espaço privilegiado”, comenta Simone. Para que esta literatura não seja esquecida, o Caminhos Literários serve como guia que carrega informações que podem e devem ser trabalhadas dentro das escolas.

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
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