O Rio Grande do Sul é o terceiro estado do Brasil que mais congelou embriões em 2018. Foram mais de 7 mil – o que representa 8% do total nacional. No último ano, o país registrou um aumento de 18,7% nos procedimentos de reprodução humana assistida. Porém, a oferta não vem acompanhando a demanda crescente pelo serviço. Para atender casais que precisam desta “ajuda” para realizar o sonho de formar uma família, o Hospital Moinhos de Vento inaugurou nesta terça-feira (19) seu Centro de Fertilidade.
O Superintendente Executivo da instituição, Mohamed Parrini, ressaltou a novidade como mais um grande avanço do hospital, que busca ser referência nacional e internacional em todos os seus serviços. “Estamos aqui em nome de uma cidade, um estado mais protagonista. E este é um centro do nível das melhores clínicas de fertilidade do mundo”, destacou. Ele destacou que o centro reunirá grandes profissionais da área de reprodução assistida, aliados a uma estrutura de alta qualidade e equipamentos com tecnologia de ponta.
“Estamos aqui em nome de uma cidade, um estado mais protagonista.”
O presidente do Conselho de Administração, Eduardo Bier, salientou que ações como essa demonstram porquê a instituição foi reconhecida recentemente como o terceiro melhor hospital do Brasil e o 11º da América Latina. “Esse serviço é mais uma grande conquista que celebramos em 2019”, comemorou.
O Centro de Fertilidade
Instalado no quinto andar do Bloco B (rua Tiradentes, 333), o centro conta com 270 m² de área. São três consultórios, salas de exames de imagem, de cirurgia, dois boxes independentes de recuperação e três laboratórios – de reprodução assistida, de processamento de sêmen e de criopreservação. O investimento foi de R$ 5 milhões. A expectativa é realizar 20 ciclos de fertilização in vitro por mês, além do congelamento de óvulos e espermatozoides.
O Centro é coordenado pelos ginecologistas Eduardo Pandolfi Passos e Isabel Cristina Amaral de Almeida. Os médicos destacam dois grandes diferenciais que serão oferecidos: segurança na guarda de material congelado e atendimento integrado aos outros serviços do Hospital Moinhos de Vento. Segundo Passos, os três principais fatores para que as pessoas busquem esse tipo de atendimento são infertilidade, decisão das mulheres de adiar uma gestação e a necessidade de preservar os gametas em caso de pacientes que precisam se submeter a alguns tipos de tratamentos, como os oncológicos.
A procura também cresceu entre casais homoafetivos, que representam 10% do público do serviço. O Superintendente Médico, Luiz Nasi, também falou sobre os avanços conquistados pelo hospital este ano. “Estamos entregando um serviço com a marca daquilo que nos diferencia: a assistência integral ao paciente, tendo o indivíduo como centro de tudo o que fazemos”, afirmou. Segundo ele, no caso da reprodução assistida, a instituição trabalha “numa demanda da sociedade contemporânea, na perspectiva de construir novas famílias, novos núcleos afetivos, independentemente de suas escolhas”.