Etapa nacional da Olimpíada Brasileira de Robótica 2021 tem Colégio Sinodal no pódio

Por Stephany Foscarini

O desafio de programar e desenvolver um robô autônomo, capaz de identificar caminhos, desviar de obstáculos, subir rampas e ultrapassar detritos no chão durante a simulação de um resgate de vítimas de um desastre natural rendeu ao Colégio Sinodal o 3º lugar na etapa nacional da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR) 2021, maior competição de robótica da América Latina, que reuniu em sua etapa nacional 94 equipes de todo o país. O Sinodal foi a única instituição do RS a integrar o pódio do evento. Além da escola, também participaram da competição o Colégio Marista São Francisco, de Rio Grande, e o Colégio Farroupilha, de Porto Alegre.

A dupla formada por pelos alunos Lucas Fischer Wachholz e Theodoro Friedrich garantiu o 3º lugar na categoria simulação de resgate nível 2, que engloba do 9º Ano ao Ensino Médio e Técnico. Com a pandemia, em 2020 e este ano a OBR passou a utilizar um simulador que funciona de uma forma muito similar ao desafio presencial. A diferença é que o foco passou a ser a programação. A sistemática dela seguiu a mesma, uma etapa estadual, ocorrendo em todos os estados, e os melhores de cada estado passaram para a etapa nacional, que reuniu 94 equipes. Na etapa estadual, o Colégio Sinodal já havia conquistado o pódio completo, junto de outras 2 equipes. Ao todo, 7 alunos da escola competiram na Olimpíada deste ano.

Pulo do gato

A programação utilizada pela equipe foi a linguagem de programação C#, desenvolvida pela Microsoft, considerada uma das mais robustas utilizadas hoje em dia no desenvolvimento de softwares. “Este foi um dos grandes desafios, pois o simulador permitia três formas de programação: uma visual, utilizando blocos encaixáveis, uma utilizando uma linguagem desenvolvida pela própria organização – afim de facilitar o uso dela pelas equipes com pouco conhecimento – e o C#, linguagem de alto nível utilizada na indústria. Começamos o ano utilizando essa linguagem criada pela organização, mas há três meses mudamos para C#. Este foi o maior desafio, pois a equipe teve de aprender a linguagem e adaptar o programa a ela”, explica coordenador de Tecnologia e Estratégia do Colégio Sinodal e professor da Oficina de Robótica, Jorge Jardim. E parece que a adaptação deu certo, pois foi a programação utilizada pelos jovens que garantiu o sucesso da performance do robô.

O coordenador acredita que o fato da equipe utilizar a linguagem de programação C# foi um grande diferencial na competição e, obviamente, na habilidade conquistada pela dupla. “Hoje com esse conhecimento estariam aptos a trabalhar em qualquer empresa de desenvolvimento de software”, destaca.

Mas o que exatamente o robô tinha que fazer?

Em determinado momento do percurso, o robô tinha que identificar e pegar um kit de resgate e seguir caminho até a sala de resgate, que possuía uma entrada e uma saída. Nesta sala, havia vítimas representadas por bolas (vítimas vivas são brancas e mortas pretas) e um triângulo elevado, que representava a zona segura. O robô tinha que identificar as vítimas, largar o kit de resgate na zona segura e depois salvar primeiro as vivas e depois as mortas. Ao finalizar os resgates, o robô tinha que procurar a saída e seguir o trajeto até o final. Complexo, não é mesmo? Mas os guris de São Leopoldo tiraram de letra. A pontuação era conquistada conforme cada desafio superado, o que acabou rendendo à dupla um lugar no pódio na etapa nacional da competição.

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
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