Um local que remete aos primórdios do uso da erva-mate, a passagem do produto por gerações e a ligação com o presente hábito de tomar chimarrão será destaque durante a 15ª Festa Nacional do Chimarrão (Fenachim), que ocorre de 1 a 5 e de 9 a 12 de maio de 2019.
Trata-se do Espaço do Turismo, que vai retratar aos visitantes o passado e o presente da erva-mate que permanece viva na cultura e alcança outros povos. “A construção do espaço tem como objetivo nos remeter a esse passado, trazendo-o ao nosso presente através dos métodos construtivos e materiais históricos”, destacam as coordenadoras da Comissão do Turismo da Fenachim, Angelica Diefenthäler e Sonia Lang.
O espaço, que foi idealizado pelas coordenadoras, juntamente com o arquiteto venâncio-airense Francisco Lang, tem na sua arquitetura uma ligação entre materiais tradicionais com princípios contemporâneos e sustentáveis da construção.
“Serão utilizadas paredes de pau-a-pique, uma técnica tradicional usada há séculos por nossos ancestrais indígenas e imigrantes e, que hoje, vem sendo recuperada por técnicas da bioconstrução, que se utiliza de elementos naturais como terra, areia, madeira, bambu, fibras e outros, para execução de obras em harmonia com a natureza”, ressalta Lang.
Conforme a coordenadora, entre os elementos utilizados para a construção estão o bambu, também conhecido na região como “taquara”, seu nome em Tupi-Guarani. Ele será utilizado para a estrutura do espaço, sendo considerado o material construtivo mais sustentável do mundo pela capacidade de crescimento rápido e rebrotação da planta.
“A taquara é hoje uma planta abundante em nossa região devido ao seu intenso uso no passado para construção de cercas, galinheiros, bastões para secagem do tabaco, na agricultura e até mesmo em habitações”, explica Sonia.