Economia: Cenário desafiador, mas de oportunidades para o Brasil

Por Felipe Schwartzhaupt

Este é o recado do sinais da economia mundial para o Brasil, a partir do aprendizado obtido pelos mais de dois anos da pandemia por Covid-19, que apontou os riscos do monopólio produtivo por parte de um único país. O recado é do economista Fernando Marchet, vice-presidente de Economia da Federasul e CEO da Assessoria Bateleur, durante palestra no Momento do Empreendedor realizado pela Acist-SL nesta quinta-feira (29). Segundo ele, o Brasil deve aproveitar a oportunidade para ampliar o seu complexo fabril, passando a produzir bens que se tornaram escassos ou muito caros devido às dificuldades enfrentadas pela China, que vem perdendo potência nos últimos anos. “É uma janela de oportunidades que muitas indústrias podem absorver”, comentou.

O mercado interno, por sua vez, também está avançando.  Segundo ele, a projeção do PIB para 2022 é de 2,52%. “O setor de Serviços vem puxando o crescimento, principalmente pela opção dos consumidores em investir em áreas como viagens e turismo, gastronomia e bem-estar”, avalia. Esta é a razão para que o Comércio ainda não registre a elevação esperada. “O brasileiro não tem condições, ainda, de escolher as duas opções”, sintetiza.  A participação do setor de Serviços no PIB nacional é de 59,4%, enquanto a Indústria é de 18,9% e a Agropecuária é de 6,9%. Os empregos com carteira assinada também vêm aumentando, estimulando a criação de uma massa salarial que está injetando dinheiro na economia.

Em relação ao Rio Grande do Sul, ele estima que o PIB deve ficar em 0,78% negativo neste ano, principalmente pelo desempenho da agricultura, seriamente afetada pela estiagem prolongada. Já para 2023, a previsão é de recuperação, finalizando com crescimento de 2,11%.

Eleições 

O economista comenta que a bandeira amarela para a economia nacional são as eleições, uma vez que ainda não há informações sobre o Plano de Governo para a economia. Marchet alerta que independente de quem ganhar, o novo governo deverá observar seis importantes condicionantes para de fato estimular os investimentos e a entrada de potencias negócios: privatizações, segurança jurídica, reformas estruturais, concessões, abertura econômica e estabilidade fiscal. “São itens que precisam ser tratados com extrema seriedade”, ressalta.

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
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