Desigualdade de renda entre homens e mulheres recua no RS

Por Gabrielle Pacheco

Maior escolaridade da força de trabalho e redução na diferença do que é pago para homens e mulheres com o mesmo grau de instrução são algumas das conclusões do Boletim de Trabalho, divulgado nesta quarta-feira (30) pelo Departamento de Economia e Estatística (DEE), vinculado à Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplag).

Além do recuo na desigualdade em termos de renda, o estudo aponta um importante avanço no mercado por profissionais de ambos os sexos com formação superior. A primeira edição do Boletim visa avaliar a forma como o período de baixo ritmo de crescimento econômico e de recessão da economia (entre 2014 e 2016), seguido do processo de lenta recuperação, impactou na força de trabalho nos diferentes níveis de escolaridade.

O documento, produzido com foco no Rio Grande do Sul a partir dos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), dá sequência às divulgações de pesquisas realizadas pelo DEE, que nas últimas semanas incluíram o Boletim de Conjuntura e os dados do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado.

“Quem acompanha a série de estudos que estamos divulgando consegue perceber um cenário bastante completo sobre a evolução de desenvolvimento do Rio Grande do Sul. É uma base importante para sabermos para onde caminhamos e também uma orientação aos agentes econômicos nas suas decisões”, afirma Gilberto Pompilio de Melo Filho, secretário adjunto de Planejamento e Orçamento da Seplag.

“É uma base importante para sabermos para onde caminhamos e também uma orientação aos agentes econômicos nas suas decisões.”

Maior grau de instrução

Entre o 2º trimestre de 2012 e o 2º trimestre de 2019, o Boletim aponta aumento no peso relativo dos segmentos mais escolarizados em ambos os sexos na composição da força de trabalho (FT). As mulheres com Ensino Superior completo tiveram avanço no total da FT feminina de 17,4% para 23,2%. Entre os homens, a expansão passou de 8,9% para 14,4% do total.

No período analisado, o segmento com Ensino Médio completo era o mais representativo da força de trabalho, tanto entre homens (30,8% do total) como entre mulheres (32,1%). Esse dado mostra um avanço na comparação com o 2º trimestre de 2012, quando a população com Ensino Fundamental incompleto era a que tinha maior peso.

Quanto ao nível de instrução da população ocupada (mercado formal ou informal), em sete anos também houve aumento dos segmentos mais escolarizados. Entre as mulheres, o peso do subgrupo com Ensino Superior completo avançou de 17,8% no 2º trimestre de 2012 para 24,8% no 2º trimestre de 2019. No caso de homens, passou de 9,1% para 15%.

Foto: Reprodução | Fonte: Assessoria
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