Cartórios de Notas do RS já contabilizam mais de 3,5 mil atos de transferência de bens na pandemia

Por Gabrielle Pacheco

Testamentos, inventários, partilhas e escrituras de doação em Cartórios de Notas totalizaram 3.829 mil atos em todo o Rio Grande do Sul desde o início da pandemia causada pelo novo coronavírus. O número, levantado pelos Tabelionatos de Notas gaúchos, reúne serviços relacionados ao processo sucessão, que disciplina a transferência de patrimônio (ativo e passivo – créditos e débitos) de alguém a outra pessoa de acordo com as regras da lei brasileira.

Os atos, que têm sido cada vez mais procurados por idosos, profissionais da saúde e, até mesmo jovens que fazem parte do grupo de risco da Covid-19, tendem a aumentar nas próximas semanas, já que muitos Estados iniciaram a regulamentação da prática destes procedimentos – exceção ao testamento – por meio de videoconferência.

O aumento da procura por orientações de um notário para realização de atos de sucessão se deve, principalmente, à iminente importância do planejamento familiar. A preocupação dos requerentes é garantir que seus bens sejam corretamente encaminhados e suas vontades cumpridas em caso de morte, utilizando instrumentos legais que evitem futuras disputas entre familiares.

O inventário, por exemplo, é o documento que apura o patrimônio deixado pela pessoa falecida e é obrigatório para que a partilha de bens se efetive entre os herdeiros. Sendo uma alternativa mais rápida e prática à via judicial, os inventários realizados em Cartórios de Notas já contabilizam 1.940 lavraturas desde o início da pandemia.

Já os mais de 1.320 atos de doação realizados neste ano são utilizados para assegurar a vontade do doador. Assim, o requerente pode, ou não, incluir cláusulas de uso ao beneficiário por uma incumbência ou condição, garantindo que ações previamente estipuladas sejam cumpridas. Por fim, os Cartórios de Notas do Rio Grande do Sul já contabilizam mais de 569 testamentos feitos no período, assegurando assim o pleno cumprimento da vontade do testador após a sua morte.

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
Publicidade

Você também pode gostar