O II Simpósio de Pesquisa Clínica foi realizado pelo Instituto Ceos na quinta-feira (6), no Tecnopuc, em Porto Alegre. O encontro reuniu cerca de 100 médicos, farmacêuticos e estudantes da área da saúde, e marcou também os três anos de atuação do instituto dentro do Hospital Ernesto Dornelles, na capital gaúcha.
A abertura do evento foi conduzida pelo CEO do Instituto Ceos, o pneumologista e pesquisador Paulo Pitrez, que destacou os desafios para o Brasil conquistar maior representatividade no cenário global da pesquisa clínica. Atualmente, o país ocupa a 20ª posição no ranking mundial. “Em 2024, foram iniciados 13.776 estudos clínicos no mundo. O Brasil representa apenas 1,8% desse total, com 254 estudos iniciados. Para sermos mais competitivos, precisamos alcançar em torno de 5%”, explicou o executivo, que ainda ressaltou que a qualificação dos pesquisadores, os centros de excelência e a conscientização da população são fatores essenciais para esse avanço.
Debates e painéis
Durante o simpósio, foram debatidos temas como a construção de um ecossistema colaborativo de pesquisa com foco no paciente. Pesquisadoras do Instituto Ceos e a supervisora de recrutamento destacaram o cuidado com os voluntários, desde a seleção até o encerramento dos estudos.
No turno da tarde, dois painéis trataram dos aspectos éticos e da gestão da cadeia da pesquisa clínica. A programação também incluiu discussões sobre o uso de dados do mundo real (RWE) e a aplicação da inteligência artificial na condução de estudos, apresentados como caminhos promissores para acelerar e qualificar decisões.
Três anos de história
Ao longo de três anos de atuação, o Instituto Ceos já conduziu 61 estudos clínicos, com a participação de 48 médicos, entre investigadores principais e subinvestigadores. “Foi um dia de discussões muito ricas e estratégicas para o futuro da pesquisa clínica. Avançamos bastante e queremos avançar ainda mais na área da pesquisa clínica e também nos tornando referência na área da educação”, afirmou Pitrez.


