Após reunião deliberativa realizada em Brasília, nesta terça-feira (19), o Comitê Executivo de Gestão (Gecex), núcleo executivo colegiado da Câmara de Comércio Exterior (Camex), decidiu por manter a alíquota de importação em 35% para calçados esportivos. A medida beneficia o setor calçadista brasileiro, responsável por gerar mais de 300 mil empregos diretos, número que poderia ser drasticamente afetado se a decisão fosse contrária.
A CAMEX, da Presidência da República, é composta por conselhos e comitês formados por representantes de vários ministérios, e tem por objetivo a formulação, a adoção, a implementação e a coordenação de políticas e de atividades relativas ao comércio exterior de bens e serviços, incluído o turismo, com vistas a promover o comércio exterior, os investimentos e a competitividade internacional do País.
O presidente-executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), Heitor Klein, foi quem apresentou os pontos que comprovaram que a demanda recebida pela Camex, por parte de importadores de grandes marcas mundiais de esportivos, que requereram a redução do Imposto de Importação dos atuais 35% para 20% para calçados do segmento. A medida, segundo a Abicalçados, traria prejuízos para a indústria calçadista nacional e abriria as portas para a concorrência desleal com asiáticos.
Presidente da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados, o deputado federal Renato Molling (PP/RS) esteve à frente da extensa agenda de reuniões em Brasília em prol do setor e destacou a importância da indústria calçadista brasileira para a economia do País.
O fortalecimento do setor calçadista é essencial para a geração de empregos e restabelecimento da economia do Brasil. Trata-se de um setor importante e que merece o reconhecimento por gerar empregos e apresentar sempre produtos de qualidade”, informou o parlamentar que também é presidente da Frente Parlamentar em defesa do setor coureiro-calçadista e moveleiro.