Abicalçados lança serviço de captação de recursos para projetos inovadores

Por Gabrielle Pacheco

A Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) acaba de lançar um serviço de consultoria para desenvolvimento de projetos inovadores visando a captação de recursos junto a agências de fomento. Trata-se do FF Captação de Recursos, parte do guarda-chuva de ações do programa Future Footwear.

O consultor de Inovação da Abicalçados, Alexandre Peteffi, explica que o serviço não tem custo inicial, sendo pago por meio de uma taxa de sucesso com base no valor total do recurso acessado. Segundo ele, a equipe da entidade conhece etapas, demandas e processos que envolvem a fabricação de calçados, bem como onde estão os gargalos produtivos e as oportunidades de inovação. “Em um primeiro momento, a empresa nos traz a ideia, que, tendo potencial inovador, será transformada em projeto viável e direcionada para a linha de financiamento mais adequada, aumentando de forma considerável a chance de contemplação”, acrescenta o consultor.

Demanda

Segundo Peteffi, o projeto nasce de uma demanda do próprio mercado, que exige maior produtividade por meio de processos automatizados, produtos inovadores com tecnologia embarcada e apelos de sustentabilidade, novos modelos de negócios, entre outros. A crise pela qual passa não somente a indústria calçadista, mas o setor da manufatura brasileira, segundo ele, vai além de questões relacionadas ao chamado Custo Brasil. “O setor tem um grau de inovação baixíssimo, apenas 6% das inovações da indústria de transformação. Precisamos mudar essa cultura”, justifica Peteffi, ressaltando que o serviço da Abicalçados visa estimular a inovação na indústria calçadista.

Outro dado importante, continua o consultor, é que apenas 1,8% dos projetos inovadores do setor são financiados por terceiros, seja por falta de conhecimento, por mau desenvolvimento ou por não serem, de fato, inovação. “Inclusive, existem recursos sobrando para o financiamento de inovação, com juros baixíssimos ou até não reembolsáveis. É preciso saber como acessá-los”, conclui.

Foto: Reprodução | Fonte: Assessoria
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