Projeto de Lei promete ampliar o diagnóstico precoce de psoríase no RS

Por Gabrielle Pacheco

Foi protocolado na Assembleia Legislativa do RS o Projeto de Lei n.º 243/2020, que institui a Política Estadual para Diagnóstico Precoce e Tratamento da Psoríase na Rede de Atenção à Saúde das pessoas com doenças crônicas de pele no âmbito do Estado do Rio Grande do Sul. Assim, o projeto prevê a ampliação do diagnóstico precoce da psoríase e um tratamento eficaz – por meio de uma política pública de atenção primária à saúde, ações de promoção, detecção precoce, tratamento oportuno e cuidados paliativos. Além disso, o PL objetiva a redução das comorbidades e incapacidades causadas pela doença. A matéria é de autoria da deputada estadual Fran Somensi (PRB/RS). Auxiliaram de forma essencial na construção deste PL as dermatologistas Jaquelini Barboza (RS), e Elisabeth Lima (ES), bem como outros médicos especialistas na patologia, e Gladis Lima, presidente da ONG Psoríase Brasil.

Os procedimentos vão desde a capacitação e treinamento de profissionais da saúde para identificação e acompanhamento dos pacientes, até a elaboração de protocolos clínicos e procedimentos terapêuticos. Assim, a iniciativa vem para fazer a ponte entre o especialista, o paciente e seu imediato encaminhamento ao tratamento medicamentoso adequado. Desta forma, com o diagnóstico precoce e a prescrição específica do remédio indicado a quem é acometido pelo doença, trará a mudança no rumo da enfermidade transformando a vida do paciente, com a significativa melhora na qualidade de seu dia a dia.

5 milhões de brasileiros possuem psoríase

O projeto de lei prevê além das diretrizes gerais do programa, uma parceria com a secretaria da saúde do Estado, que por sua vez, poderá coordenar o apoio aos municípios para organização e implantação das linhas de cuidado que trata a Política Estadual para Diagnóstico e Tratamento Precoce da Psoríase. “Este é um projeto que vem sendo trabalhado desde 2019 junto à Psoríase Brasil através da presidente Gládis Lima, que comanda uma organização não governamental de apoio a pessoas diagnosticadas com a doença e busca o acesso universal aos tratamentos”, explica a deputada Somensi.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a psoríase é uma doença crônica de pele, inflamatória e não transmissível. Assim, além de ocasionar inúmeras comorbidades, a doença provoca, entre outros agravantes, um imenso impacto negativo social, emocional, psicológico e laboral em seus pacientes. No Brasil, dados obtidos junto à Psoríase Brasil mostram que há 5 milhões de pessoas convivendo com a enfermidade em suas diversas manifestações. Por fim, a patologia não tem cura, mas tem tratamento e sua causa ainda não foi completamente decifrada.

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
Publicidade

Você também pode gostar