A exposição “Anastácia 30 anos – Memórias de uma trajetória de resistência” já está aberta na Galeria de Artes Liana Brandão, em São Leopoldo, reunindo fotografias, objetos e registros que contam a história do Grupo Cultural Anastácia Òmìnira. A mostra pode ser visitada de segunda a sexta-feira, das 8h30min às 14h30min, e foi organizada para destacar o legado construído pelo grupo ao longo de três décadas, marcadas pela atuação contra o racismo e pela promoção da cultura afro-brasileira.
Fundado por mulheres negras engajadas no enfrentamento ao racismo e à violência cotidiana, o grupo desenvolveu ações de educação, cultura e mobilização comunitária. A exposição reúne momentos da caminhada iniciada com atividades sociais voltadas a crianças da comunidade, além de eventos realizados ao longo dos anos, como o baile de debutantes de 15 anos e o jantar de comemoração dos 20 anos.
Atuação política e cultural
A mostra também revisita a filiação do grupo aos Agentes Pastorais Negros do Brasil (APNs), destacando sua inserção em uma rede nacional de articulação política e cultural. Entre os elementos apresentados está o bloco afro Filhos da Anastácia, que utiliza música, dança e percussão como formas de resistência, empoderamento e afirmação da identidade negra.
Simbologia da Escrava Anastácia
O público também tem acesso à representação da figura da Escrava Anastácia, cuja imagem se tornou símbolo da resistência negra, associada a dor, fé, cura e à luta contra o silenciamento imposto pela escravidão.
A exposição propõe aos visitantes refletir sobre memória, identidade e herança cultural por meio da trajetória do grupo e de seu impacto na defesa da cultura afro-brasileira.
Serviço
- O quê: Exposição “Anastácia 30 anos – Memórias de uma trajetória de resistência”
- Quando: Até 18 de dezembro, das 8h30min às 14h30min (em dias com evento no Teatro, a Galeria abre junto ao evento)
- Onde: Galeria de Artes Liana Brandão – Rua Osvaldo Aranha, 934, Centro, São Leopoldo
- Quanto: Entrada gratuita


