O município de Esteio alcançou a meta prevista no acordo setorial assinado em 2014 pela União, que estabelece a logística reversa das lâmpadas fluorescentes. O processo de implantação teve início em 2017 no país e deve se estender até o final deste ano. O novo ponto de entrega voluntária (PEV) desse tipo de resíduo na cidade está instalado na loja Redemac (Rua 24 de Agosto, 2079, Vila Olímpica). O primeiro fica no supermercado da rede Desco. Ao todo, nas cidades que compõem a Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos, há 36 PEV. Para consultar os endereços, clique aqui.
Em 2019, o Pró-Sinos fez um diagnóstico para identificar a realidade da logística reversa de lâmpadas nas 28 cidades da bacia. Desde então, o consórcio atua na interlocução com os municípios, apoiando na implantação de PEV, seguindo o que prevê o Plano Nacional de Resíduos Sólidos. De acordo com a coordenadora de Educação Ambiental do Pró-Sinos, Daniela Tomaz, a logística reversa contempla uma série de ações com objetivo de viabilizar a coleta e a devolução de resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento ou outra definição ambientalmente correta.
É importante darmos alternativas para a comunidade descartar corretamente esse resíduo”.
“É importante darmos alternativas para a comunidade descartar corretamente esse resíduo para evitar que acabe sendo destinado ao lixo comum, gerando um risco para os coletores, além de um grande problema para o meio ambiente, se for parar em um aterro sanitário”, destaca o secretário de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente de Esteio, Felipe Costella. Na avaliação dele, é fundamental o trabalho de educação ambiental da população, além da busca por comércios parceiros para a criação de pontos de coleta.
Ao poder público cabe regular, licenciar e fiscalizar atividades que envolvem o descarte desses resíduos. E o consumidor deve descartar corretamente o resíduo no PEV”.
Conforme a legislação, fabricantes, importadores e comerciantes de produtos que possam causar danos ao meio ambiente devem criar um sistema de destinação independente da limpeza urbana. “Ao poder público cabe regular, licenciar e fiscalizar atividades que envolvem o descarte desses resíduos. E o consumidor deve descartar corretamente o resíduo no PEV”, salienta o diretor-técnico do Pró-Sinos, Hener de Souza Nunes Júnior, cuja área também atua com o tema. A Reciclus é a entidade gestora do setor de lâmpadas que operacionaliza a logística reversa.
Além de mediar o contato entre o comércio interessado em ter o ponto de coleta e a Reciclus, o Pró-Sinos auxilia os municípios com conteúdos informativos e de orientação sobre como dar a destinação correta aos resíduos. “Há outros produtos que fazem parte do sistema de logística reversa, como pilhas, baterias, eletroeletrônicos, embalagens de óleo lubrificante, pneus inservíveis e medicamentos vencidos”, acrescenta Daniela.
Destinação ambientalmente correta
De acordo com a Reciclus, é possível utilizar os resíduos das lâmpadas fluorescentes na fabricação de outros produtos. O vidro, por exemplo, pode ser destinado para a produção de novos vidros para uso não alimentar. Os pinos de latão podem ser fundidos e utilizados para a produção de novos materiais, enquanto o pó fosfórico, já livre do mercúrio, utilizado em fábricas de cimento ou asfalto. E, por fim, o mercúrio pode ser enviado para fabricação de termômetros/barômetros e indústrias cloro-soda.