Santa Catarina avança no ranking do PIB per capita

Por Gabrielle Pacheco

Segundo dados preliminares do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, Santa Catarina está prestes a superar o Rio de Janeiro e assumir o terceiro lugar entre os maiores PIBs per capita do país. A explicação na mudanças do ranking está, de um lado, na fraqueza econômica do Rio de Janeiro, abalado pela queda dos royalties do petróleo e pela recente crise da Petrobras, pela violência que afasta investimentos e por sucessivos casos de corrupção estatal. De outro, há o crescente vigor da economia catarinense, que vem modernizando seu parque industrial e investindo em tecnologia e na atração de startups. O professor de economia da ESPM, Leonardo Trevisan, avalia os indicadores macroeconômicos que ajudam a entender a ascensão de Santa Catarina:

Indústria e Tecnologia

Em outubro, segundo o IBGE, o estado criou 11.600 vagas formais na indústria de média tecnologia – empresas que não tem conexão direta com TI, como máquinas e equipamentos elétricos. São Paulo, na liderança, gerou 11.800 vagas nesse setor, enquanto o Rio perdeu 9.900 empregos industriais. “O avanço do PIB de Santa Catarina, no ano passado, foi de 4,1% enquanto o estado do Rio de Janeiro recuou 1,6%”, diz Trevisan. “Em setembro, último dado disponível do IBGE, a produção industrial de Santa Catarina subiu 2,1% – na comparação com setembro do ano passado – enquanto a produção industrial do Rio de Janeiro recuou 0,6%.”

Inovação

Os primeiros testes da tecnologia 5G promovidos em um show de música, no Allianz Parque, em outubro deste ano, foram feitos por universidades de Santa Catarina e repassados para as operadoras de celular que organizaram a “degustação”. “Santa Catarina também costurou um acordo com a fundação Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras (Certi), e desenvolveu soluções de inteligência artificial para aplicações que trafegam na rede 4G. O foco agora é deslanchar projetos para cidades inteligentes e comunicação máquina-máquina”, diz Trevisan.

O estado do Rio de Janeiro está vinculado à indústria de petróleo e gás. Desde 2014, com a violenta queda de preço dessas commodities, a economia fluminense tem sofrido fortemente os impactos. “Fora isso, as questões de segurança urbana, em especial no centro do Rio, também afastaram investimentos, internos e externos, de diferentes empresas”, diz Trevisan. “A indústria de turismo do Rio também foi superada por projetos mais modernos de Santa Catarina.”

Foto: Reprodução | Fonte: Assessoria
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